23 julho, 2010

às vezes escrevo tão perto do que sinto

inclinam-se as palavras na transparência tranquila. o silêncio é um canto branco a repousar sobre o nada. os lábios reúnem-se numa fluidez viva sem intervalos. os corpos são nomes escritos nas linhas do vento. há uma matéria viva e incandescente que ascende em nós e nos torna inseparáveis. suor e luar tudo se confunde quando chove nos poros e na brancura da areia.