16 agosto, 2010

falta-me o sorriso de gioconda

por não ser dotado do sorriso de gioconda, sento-me na cadeira dos alívios, de olhos atentos no nada, evacuo de modo lento cansado e triste. distraio-me com a nudez mortal dos azulejos esverdeados que revestem as paredes. estou deprimido; remeto-me a estes monólogos escanzelados, pequenas manchas de textos marginais. grassa por aí uma pobreza que não é assumida, e não o é; por ser de matriz cultural. o “botas” bem que nos tramou; quando vociferou que: “o povo português devia ser pobre e humilde como a terra que trabalhava”. a verdade é que o povo português o levou a sério, tão a sério que a profecia do “botas” vigora como lei. maldito sejas ó “botas”!, devias ter caído da cadeira muito antes de nos teres amaldiçoado irremediavelmente!!!
nota:
este texto foi criado antes daquele que o precede

15 agosto, 2010

o disparate estala como ouriço de castanha

cá estou eu de novo na cadeira dos alívios; sofrendo de intoxicação de arrotos provincianos. e, como a paciência não põe ovos, não tenho omeletas de condescendência. [se não me entendem comprem um burro]. e não me estendam olhares lassos, que me pegam essa conjuntivite de idiotice. vá lá; ofereçam-me um sorrisinho subentendido, nos intervalos das bofetadas. raios partam o enguiço testicular de um povo que impede o gozo colossal; é quebranto!; é quebranto!; gritam as mulas e as suas crias. o disparate estala como ouriço de castanha; tornando impossível o contacto com o útero da nação.

10 agosto, 2010

substantivo-te

um gesto de ternura servido numa chávena de chá, um silêncio de açúcar, uma mão dócil compõe melodias manuseando as folhas.

03 agosto, 2010

Sessão de Autógrafos na Feira do Livro da Póvoa de Varzim



No próximo dia 06 de Agosto, pelas 22 horas, estarei presente na Feira do Livro da Póvoa de Varzim, no stand da Papelaria Locus, para uma sessão de autógrafos e contacto com o público, amigos e leitores.

Conto a vossa presença.

Até já!