pacientes são as aranhas
navego uma maré de não desperdício verbal; tão nítida que ao
semear o texto o vou perdendo. estou porventura mais eu. ou então as palavras
assumiram perante mim a sua natureza antropófaga. ou ainda sob o efeito da
aridez dos dias o sangue queima e o meu caminho de escrita assumiu-se um mar de
pedra. a espaços febre e espasmos. pacientes são as aranhas, eu não.