Publicação: 03-10-2006 08:57 Última actualização: 03-10-2006 08:57
SIC online
Acabar com a violência doméstica
Arquivo SIC
Muitas vezes, as mulheres agredidas acabam no hospital
Amnistia insta Portugal a criar mais casas de abrigo
A Amnistia Internacional (AI) instou hoje Portugal a criar com urgência mais casas de abrigo para acolher vítimas de violência doméstica, um crime que no ano passado levou à morte de 33 mulheres.
Num relatório intitulado "Acabar com a Violência sobre as Mulheres", hoje divulgado, a Amnistia salienta que as 30 casas de abrigo actualmente existentes, que acolhem cerca de 450 mulheres e crianças, "são insuficientes", sendo "urgente" a criação de novos espaços e "vital" a reestruturação do Serviço de Informação às Vítimas, disponibilizado através de uma linha verde.
Considerando que o encaminhamento das vítimas é "extremamente complicado" em certas alturas, nomeadamente à noite, em época de férias e no Natal, a AI recomenda ainda como urgente a criação de infra-estruturas que permitam acolher temporariamente as mulheres e os seus filhos, "24 horas por dia e 365 dias por ano".
Segundo dados das autoridades policiais referidos neste relatório, mais de 18 mil casos de violência doméstica foram denunciados no ano passado à PSP e à GNR, um número que representa um acréscimo de cerca de sete mil ocorrências desde 2000.
Só a PSP registou em 2005 mais de 9.800 queixas de violência doméstica a nível nacional, o que corresponde a um aumento de cerca de 16 por cento relativamente ao ano anterior.
As grandes cidades registaram o maior número de casos, com Lisboa a liderar as denúncias (quase 30 por cento do total), seguida do Porto (21,6 por cento) e de Setúbal (7,9 por cento).
O aumento de ocorrências verificou-se igualmente na GNR, que registou 8.377 casos de violência doméstica em 2005, mais 18 por cento do que no ano anterior.
No total, 33 mulheres foram mortas no ano passado pelos respectivos companheiros e outras doze perderam a vida, só nos primeiros cinco meses de 2006.
Apesar dos dados das autoridades policiais, a Amnistia salienta que não é possível saber quais são realmente "os valores das chamadas cifras negras, os casos que nunca chegam a ser denunciados".
Entre os 13.511 casos de violência doméstica registados em 2004 pela Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), 57 por cento não foram denunciados às autoridades policiais, lembra a Amnistia.
Com Lusa
......................
.......aridez
.......deserto
.......estupidez
.......a porta que se utiliza para entrar, é a mesma que se utiliza para sair.!
.......não sou exemplo para ninguém, claro que não.
.......mas envergonha-me, claro que envergonha!
.......e muito! mesmo muito!
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O nosso muito obrigado.