30 novembro, 2006

para onde caminhamos III?

fotografia chuvamiuda

às vezes passam tão depressa

tão a correr

com a ideia tão já formada

tão vincada, tão errada

que não têm tempo para ler

às vezes apetecia-me apagar

apagar tão depressa, tão a correr

para que não pudessem ver

antónio paiva

29 novembro, 2006

para onde caminhamos II?

Pedofilia em Sintra


Homem detido em flagrante quando molestava uma menina de nove anos
Um homem de 57 anos foi detido em flagrante delito pela GNR no sábado em Algueirão, concelho de Sintra, quando molestava uma menina de nove anos no interior de um carro, noticia hoje a imprensa.
SIC online

O alerta terá sido dado à GNR através de uma chamada anónima, refere o Correio da Manhã (CM). Quando a GNR de Mem Martins chegou ao local, percebeu que o homem estava a molestar a menina e que no interior da viatura estava também um irmão da criança, um rapaz de 10 anos.
Fonte da GNR disse ao CM que o homem, divorciado, não tem qualquer grau de parentesco com as crianças e que os dois menores terão sido aliciados com dinheiro ou qualquer oferta.
Segundo o Jornal de Notícias, o indivíduo era conhecido da família e tinha uma relação próxima com as crianças, com quem já teria saído em outras ocasiões.
As duas crianças foram assistidas por uma psicóloga da Polícia Judiciária e mais tarde entregues aos pais, moradores na zona de Mem Martins.
O suspeito foi, segunda-feira à tarde, presente ao juiz de instrução no Tribunal de Sintra, desconhecendo-se qual a medida de coacção aplicada.
Com Lusa
Em Alfragide
Recém-nascido encontrado com vida dentro de um saco térmico
28.11.2006 - 15h24 Lusa
Público online

Um recém-nascido abandonado, ainda com placenta e cordão umbilical, foi descoberto hoje de manhã com vida dentro de um saco térmico em Alfragide. O bebé foi levado para o hospital e não corre perigo de vida.

O alerta de que estaria um bebé dentro de um saco na intersecção da rua da Portela com a rua das Garagens, em Alfragide, foi dado às 08h45.
Os agentes da PSP confirmaram no local que se tratava de um recém-nascido, envolto numa toalha dentro de um saco térmico, ainda com placenta e cordão umbilical.
O bebé foi transportado para o Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), onde ficou em observação no serviço de Neonatologia.Fonte do hospital disse à Lusa que o bebé "está bem e "é perfeito". O menino foi inicialmente colocado dentro de uma incubadora "para aquecer, já que deu entrada no hospital com uma ligeira hipotermia"."
É um recém-nascido de fim de tempo, com nove meses de gestação, que terá sido colocado no saco pouco tempo depois de nascer. Terá horas de vida", disse a mesma fonte.
A toalha e o saco que envolviam o corpo foram enviados para o laboratório da Polícia Científica de Lisboa, enquanto a placenta e o cordão umbilical foram encaminhados para o Instituto de Medicina Legal.
O caso foi entretanto entregue à Polícia Judiciária.

Quem somos? O que somos? O que queremos? De onde viemos? Para onde vamos?

Vestimos tão bem. Falamos tão bem. Somos tão bem. Sabemos tão bem. Ou não sabemos?

Evidentemente declinamos. Claro que sim. Declinamos.

28 novembro, 2006

para onde caminhamos?

Em todo o Mundo, uma em cada quatro pessoas já sofreu ou irá sofrer de depressão.


A prevalência das perturbações psiquiátricas é de cerca de 30% e as perturbações graves rondam os 12%.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê uma «uma autêntica pandemia depressiva» nos próximos 20 anos, afirmou à Lusa, João Marques Teixeira da Ordem dos Médicos.

As doenças do foro psiquiátrico tendem a aumentar. Estima-se que dentro de 15 anos a depressão seja a segunda causa de incapacidade.

As esquizofrenias são já a principal causa de internamento.

Especialistas nacionais e estrangeiros vão debater o tema no Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental, que se realiza esta semana no Porto.
Fonte TVI online.
O afastamento cada vez mais evidente, dos ser humano em relação ao seu semelhante, em relação ao meio ambiente, não será a nascente deste falgelo?
Perguntamos nós, que somos burros.

27 novembro, 2006

não podia deixar passar

"Estou num pedestal muito alto, batem palmas e depois deixam-me ir sozinho para casa. Isto é a glória literária à portuguesa.” Mário Cesariny, autor destas palavras, morreu na madrugada de ontem, aos 83 anos, vítima de doença prolongada, realizando-se o funeral, pelas 14h00 de hoje, do Palácio Galveias para o Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Notícia publicada no jornal Correio da Manhã. A fotografia tem a mesma origem.

Jornalista: Marta Vitorino

http://www.correiomanha.pt/

26 novembro, 2006

agora também me podem visitar

Aqui, OS MEUS LIVROS , se tiverem pachorra claro.

Obrigado.

uma oferta de Natal solidária

Este Natal compre este livro, ofereça este livro.

Ao comprar ou oferecer este livro, está a adquirir e a oferecer um amigo de todas as horas, silencioso mas sempre presente, pode-se conversar com ele sempre que se quiser.

Ao mesmo tempo está a ter um gesto solidário, a apoiar uma causa meritória, a doar 1.50€ às Aldeias de Crianças SOS.




Pode adquiri-lo das seguintes formas:

Livraria Leitura no Porto
Rua de Ceuta, Nº 88
Telefone 222 076 200

Livraria Buchholz em Lisboa
Rua Duque de Palmela, Nº 4
Telefone 213 170 580

Livraria Julber no Funchal
Centro Comercial Infante, loja 238
Telefone 291 231 279

Loja Ecopy - Faculdade de Economia do Porto

Loja Ecopy-Universidade Portucalense no Porto

Loja Ecopy-Ermesinde

Ou através do e-mail: ecopy@macalfa.pt

Se pretender o livro autografado pelo autor, efectue o pedido para:
antoniopaiva21@sapo.pt .

Os meus sinceros agradecimentos.

Óptima semana a todos!

25 novembro, 2006

hoje apeteceu-me falar contigo

fotografia chuvamiuda
(clicar na imagem)

24 novembro, 2006

apenas imagens


A respeito do meu post de ontem:

E quem disse que a poesia não fazia doer?

Vá, agora vão às vossas vidinhas.

O nosso muito obrigado e bom fim-de-semana

23 novembro, 2006

e se um dia

fotografia chuvamiuda
(clicar na imagem)

21 novembro, 2006

pensar que somos

fotografia chuvamiuda

.......... e quando o peso da vida, esmaga os sonhos, e quando nos sentimos tão pesados, que até o repousar é cansativo.

.......... e quando desmontamos as gavetas, na tentativa de as arrumar e no regresso elas já não encaixam.

.......... e quando ficamos eternamente atrás da porta, com receio do que vamos encontrar do outro lado.

somos ou não somos, em caso de dúvida achamos que somos.


....... ai é?

fotografia chuvamiuda
(clique na imagem para aumentar o tamanho)

Dizer muito, com pouco.

Agora façam a viagem, no tempo no espaço, utilizem a vossa imaginação, e escrevam a história ou o poema, ou ainda vos resta o silêncio.

O nosso muito obrigado a todos.

20 novembro, 2006

.............. [ ] .............

Segundo o estudo, por nós encomendado, a uma entidade credível e independente, uma das conclusões mais evidentes, é que quanto menos aqui se escreve, mais agradamos.

Assim sendo, a partir de hoje, o Conselho de Administração do Tasco, deliberou passar a debitar apenas piadas secas, quanto mais secas melhor, ocupam menos espaço e permitem aos leitores amealhar tempo, para lerem blogues com interesse.


A bem da Nação.

19 novembro, 2006

foi você que pediu uma cantiguita?

Pois então eu canto, canto que às vezes me desencanto, que outras me espanto, e muito raramente me encanto.
É verdade, pode não parecer, mas eu ainda tenho as minhas utopias, tristezas e alegrias, umas partilho outras não.
O que mais me aborrece, não são as dificuldades resultantes das exigências do dia a dia, mas sim as dificuldades manifestadas por alguns, e não são tão poucos como isso, dizia eu das dificuldades de alguns, em coabitar com a pluralidade de ideias, maneiras de ser e de estar.
Naturalmente, que quando assim é, ou se criam tribos onde se enquadram mesmo sem saber se faz ou não sentido, mas isso também pouco importa, ou então caminham para o isolamento, e quando se dão conta do facto, aqui esbracejam aos quatro ventos que estão sós, que ninguém lhes liga, enfim um rosário de amarguras que nunca mais acaba.

Assim sendo, sugeria, note-se, sugiro apenas, que deixemos de nos deslumbrar tanto com o nosso umbigo, toleremos mais e julguemos menos, mais diálogos e menos monólogos, obviamente sem hipotecar o nosso Eu.

E como por aqui a vontade de postar a metro, anda muito limitada, por agora chega.

Desejamos a todos uma óptima semana.

18 novembro, 2006

não vem que não tem


Pensámos em cantar uma cantiguita, ensaiámos exaustivamente e não conseguimos.


Pensámos contar a história do velho, do rapaz e do burro, mas o rapaz faltou.


A história dos três porquinhos também nos parecia boa, mas o porquinho do meio faltou.


Assim sendo, sugerimos uma visitinha à concorrência e amigos.


Sugestões e reclamações, já sabem é no sítio do costume.



Bom fim-de-semana a todos.

17 novembro, 2006

o burro eu e as carpideiras

Assim ao correr da pena, tentando acompanhar a rapidez do pensamento, sim porque a fertilidade das ideias não abunda, há que aproveitar quando surgem.
Olhando assim a modos que, o que começa a ser demasiado já chateia, o meu companheiro e eu, observamos que uns quantos privilegiados do reino, insistem em se armar em vitimas, porque o arreio lhes bateu à porta.
Pois é meus caros e minhas caras, o “fadinho” que cantaram durante umas quantas décadas, a letra estava errada, a música azedou, o caldo entornou, o pão endureceu, agora as sopas são grossas, custam a engolir, mas tem de ser.
Bem sabemos, que não há justiça, por mais equilibrada que seja, que não faça alguns inocentes apanhar por tabela, pois é, são os custos a pagar por viver em sociedade, ela não é perfeita, porque nós também o não somos e, somos nós que a fazemos.
Assim sendo, convém lembrar uma maioria silenciosa, que por enquanto tem assistido a tudo isto, suportando os custos desta orgia de lamentos, e repasto de irresponsabilidades.
Um dia destes talvez seja chegada a hora, desta gente dizer o que pensa e o que sente, sobretudo o que sente nos bolsos, porque paga a conta da festa que outros teimam em fazer, o que pensa sobretudo porque os festeiros, agem como se eles não existissem e não pensassem também.
Nós cá dizemos, que estamos a ficar fartos, não há pachorra para tantas carpideiras militantes, na sua maioria profissionais no ramo, que vivem disso mesmo, carpir.
Doa a quem doer, sejam amigos, conhecidos, ou ainda outros, os critérios aqui do tasco não são para gerar simpatias, mas sim o de colocar na montra, o que pensamos e sentimos.

O nosso muito obrigado a todos.

16 novembro, 2006

mais poesia pois, apetece-nos, ora essa

fotografia chuvamiuda

agora não

o tempo que espere

que agora não posso

quedei-me aqui a ouvir o mar

soltei-me aqui porta esquecida

morada liberta de coisas sérias

estendido no dorso da preguiça

teimosamente a ignorar adormeci

antónio paiva in "juntando as letras"

15 novembro, 2006

mais poesia

fotografia chuvamiuda

esperar dói

em azul mais azul que azul

em branco mais que branco

preso a um fio de bruma

esperar dói

na agonia pendular

que o vento torna mais nua

esperar dói

mãos feitas de bruma

dedos mágicos

tocam-se no colar das bocas

esperar dói

soltem-se os lábios dos rostos

para se beijarem em liberdade

antónio paiva

14 novembro, 2006

amizade?!?

Nós temos andado a pensar. Sim porque nós apesar se sermos o que somos também pensamos. Sabemos que quando levamos mais longe os nossos pensamentos, incomodamos alguns/algumas, ainda bem que assim é.
Apesar das nossas limitações intelectuais, que reconhecemos e assumimos, pois temos a plena consciência, de que não somos capazes de escrever aquelas tiradas filosóficas, que deixam confusos e baralhados quem as lê e mesmo quem as escreve.
Não fazemos parte de uma qualquer classe socioprofissional, com peso na sociedade amorfa, onde por razões que ainda não descobrimos, viemos parar.
Se por algum motivo nos passar pela ideia fazer greve ou protestar, ninguém se importa, bem, mas isso agora também não interessa nada.
O que na verdade nos trouxe aqui, foi uma palavra que é suposto designar um sentimento; amizade.
  • Amizade é definido como um sentimento nobre, pelo menos a avaliar pelo que se escreve e diz sobre a dita, diz-se ainda que é um sentimento desinteressado. Diz-se também que haja o que houver, aconteça o que acontecer que fique a amizade.

  • Diz-se que um amigo, não se escolhe pela cor da pele, pela raça, sexo, pelo credo ou ideologia.

  • Diz-se também, que um amigo que é amigo, não tem de pensar como nós, frequentar todos os locais que frequentamos, vestir o mesmo tipo de roupa que nós, que não tem de estar de acordo com tudo o que dizemos, fazemos e pensamos.
  • Também se diz que um amigo, é aquele que não nos diz apenas o que gostamos de ouvir, mas sim aquele que sempre que é preciso, é capaz de nos dizer, o que em determinados momentos, devido aos nossos estados de perturbação ou outros, não somos capaz de ver ou perceber sózinhos. Amigo não serve apenas para nos dar a mão, quando precisamos, ou para nos dizer coisas bonitas.
  • Dizemos nós, na nossa modesta ignorância, que um amigo, não é uma propriedade nossa, mas sim um precioso bem a zelar e a partilhar.
  • Perguntamos nós, na nossa burrice militante. E porque é que não é assim?

O nosso muito obrigado a todos.

13 novembro, 2006

outra imagem outro poema

fotografia chuvamiuda

recantos

a paisagem acaricia-me o olhar

a mansidão afável massaja-me o pensamento

cada recanto é um tesouro

molho-me pela chuva da melancolia doce

entrego-me sem demora ao culto da alma

espalho ao vento desejos amordaçados

rodeado por intensos murmúrios de azul

a dominar tempestades por dentro

antónio paiva in "juntando as letras"

Boa semana a todos.

11 novembro, 2006

uma imagem e um poema

fotografia chuvamiuda

cumplicidades

na união dos murmúrios e pausas do silêncio

avança sorrateiramente o entardecer calmo e melancólico

embalam-se os veleiros nas águas mansas

ondas beijam de espuma o rochedo disforme

cerca-me a preguiça lânguida e afável da paisagem

fixei-a sem rodeios com um olhar cúmplice

jurou-me enganar o destino colada ao meu consentimento

antónio paiva in "juntando as letras"

Bom fim de semana a todos.

10 novembro, 2006

é a vida


UNS NÃO, OUTROS SIM!

09 novembro, 2006

atitude

AGUARDAMOS O REGRESSO AO TRABALHO DA FP.

08 novembro, 2006

sugestão para oferta de natal

Porque há pessoas que são capazes, solidárias, competentes e batalhadoras, e que merecem todo o apoio e carinho.
Uma vez que estamos numa época, em que oferecemos sempre alguma coisa a alguém que gostamos, aqui vai uma sugestão que permite oferecer algo personalizado e com bom gosto.
Visitem, experimentem, encomendem, devo dizer-vos que eu sou fã e cliente, já utilizei a loja e gostei muito da forma como fui servido e tratado.
Bom dia a todos

07 novembro, 2006

cumplicidades e outras coisas

fotografia chuvamiuda 07/11/06 07:15

Milhares de crianças e adultos são diariamente condenados à morte em Darfour, pela fome e pela doença, pela perseguição, o silêncio é insuportável.

Condena-se um facínora ao enforcamento no Iraque, é um ruído avassalador, se querem saber para mim é o único facto positivo, da desastrosa intervenção militar por aquelas bandas.

Ainda bem que o sol nasce, o mar ondula, as desertas me são cúmplices, por agora isso basta-me.

Bom dia a todos.


06 novembro, 2006

crónica de um fim-de-semana entre pessoas e livros

Um livro.
Uma causa.
Algumas pessoas e eu.


Sexta-feira, Livraria Leitura no Porto

Sábado, Livraria Buchholz em Lisboa


Não éramos muitos de facto, mas éramos todos muito bons!!!

Um punhado de gente boa, acompanhou-me quer no Porto quer em Lisboa, a sua boa vontade e determinação contagiou-me e animou-me para uma caminhada, que sei não ser nada fácil, mas sou e estou determinado, para prosseguir.

Os meus sinceros agradecimentos a todos.

Aos que por uma ou outra razão não puderam estar presentes, quero que saibam que continuo a contar com eles, sempre!!!

Agradeço ainda todos quantos me apoiaram e acarinharam, nos dias que antecederam esta minha tarefa.

Bem-haja a todos e óptima semana.

02 novembro, 2006

até já ou até breve

compondo



um abraço, um laço
um acorde no espaço
sinfonia de um beijo
um sentir
o desejo um compasso
a paixão uma pauta
amar é piano
orquestra, concerto, ovação

antónio paiva


É com este meu poema que vos digo:


Para quem estiver comigo amanhã na Livraria Leitura no Porto: até amanhã.

Para quem estiver comigo no Sábado na Livraria Buchholz em Lisboa: até Sábado.

Desejo a todos bom resto de semana, e um excelente fim-de-semana.