30 março, 2008
27 março, 2008
Pensamentos em forma de panfleto frustrado

Passamos o tempo a introduzir à força no cérebro, quilos e quilos de ciência – de forma redutora acabamos atolados em intrujices, imposturas, burlas e um amontoado de hipóteses vulgares.
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antónio paiva
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quinta-feira, março 27, 2008
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21 março, 2008
Mais um ano da minha existência
21 de Março
Dia em que decidi abandonar o ventre materno e fazer-me à vida.
Dia em que dizem ser o início da Primavera.
Dia que segundo dizem, este ano, é o dia Mundial da Poesia.
Todos os dias dizem muita coisa, sobre as coisas de todos os dias.
E que digo eu?
Digo, que sim, que não e que talvez. Digo que; por mais que diga, tudo fica por dizer.
Digo que; me bastam pessoas, livros, palavras, sol, mar, árvores, aves, montanhas, velhos, crianças e paz, a ordem pela qual enumerei o que me basta, não importa.
Digo que; basta-me viver e sentir.
Um grande abraço a todos/as.
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antónio paiva
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sexta-feira, março 21, 2008
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19 março, 2008
O Senhor dos Farnéis

Ah! Estava-me a esquecer do Senhor dos Farnéis. Um homem de pele lisa avermelhada e de ar lustroso. Amante da caridade, só havia uma coisa que o irritava. Existirem pobres. Mas o Senhor dos Farnéis pertencia à classe engenhosa, daí que arranjava sempre o outro lado de ver as coisas. Um ângulo diferente, como ele gostava de dizer. E por que não considerar esses miseráveis, acima de tudo os pedintes, como instrumentos de medição, das diferenças sociais, dos momentos febris de sentimentos em êxtase, daquele ar piedoso e fraterno deitado de longe a esses pedaços de carne semiviva.
De algum modo, aquilo até o incomodava, estendeu-se a meditar, enquanto coçava a cabeça do gato. E não é que passado algum tempo aqueles olhinhos começaram a brilhar? E que brilho, assim a atirar para a cor-do-irónico, num improviso iluminado, pariu a decisão:
- Era urgente acabar com os pobres, que bela ideia, assim podia dormir descansado e trocava os remorsos por dinheiro, o que faria dele um homem ainda mais rico, podendo desse modo viver uma felicidade mais farta.
Ainda assim, aquela ideia tinha uma pequena ruga que o incomodava. Não podia passar sem a almofadinha da caridade, não, isso é que de todo, não. Voltou a coçar a cabeça do gato durante mais alguns momentos, a lâmpada acendeu de novo e pariu nova decisão:
- Iria estabelecer um protocolo com o departamento de investigação, de uma qualquer universidade, para que fossem criados e produzidos milhares e milhares de andróides, com ar de mendigos, trajados a rigor de vestes andrajosas miseravelmente concebidas.
Seriam distribuídos aleatoriamente, por praças, avenidas, vielas e às portas das igrejas de todo o mundo. Estariam programados para repetir incessantemente: Uma esmolinha por favor!
- Sou um génio! Sou um génio!
Repetia com grande eco, na sua consciência, o Senhor dos Farnéis. O investimento para além de rentável, era dedutível nos impostos ao abrigo da lei do mecenato e acumulava nos benefícios do ego. Podiam deste modo, o Senhor dos Farnéis e seus pares, continuar a despejar sacos de caridade piedosamente.
O Conde observava tudo isto desesperado, sentia uma enorme necessidade de transcender todas as preocupações que o dominavam. O seu desespero acentuava-se ao ver que poetas e prosadores, que julgava serem seus aliados, rendidos aos dias de qualquer coisa. Pois era exactamente nesses dias, que os escribas mais coçavam os fundilhos nas cadeiras, vergando as escrivaninhas com o peso da sua criatividade, e esmagando de forma eloquente as penas contra as pálidas folhas de papel, criando borrões atrás de borrões, como se de um prazer orgásmico se tratasse.
As gráficas imprimiam noite e dia a um ritmo alucinante, cartões de boas-festas, de profundas condolências, feliz dia do pai, da mãe, da criança, de Natal, Santas Páscoas, feliz dia da poesia e dos poetas, da prosa e dos prosadores, da caridade, da hipocrisia, feliz dia de qualquer coisa.
Foram concebidos enormes cartazes, afixados em todas as praças e avenidas do mundo, com os seguintes dizeres:
Morte ao Conde!
Viva o Senhor dos Farnéis!
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antónio paiva
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quarta-feira, março 19, 2008
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15 março, 2008
Relato de uma viagem com livros
A quem interessar, pode ver o relato da minha viagem com livros, entre os dias 3 e 8 de Março.
Com imagens e algumas palavras. AQUI!
P.S.
Peço desculpa por, desde há algum tempo não ter publicado aqui nada com interesse.
Bom domingo e óptima semana.
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antónio paiva
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sábado, março 15, 2008
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11 março, 2008
O Livro "Navegando nas Palavras" em destaque no Site da Ajuda de Berço
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antónio paiva
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terça-feira, março 11, 2008
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01 março, 2008
Uma Viagem Com Livros

Aqui fica o roteiro:
Segunda-feira dia 3 de Março, a partir das 11 horas.
Escola Profissional Agrícola Afonso Duarte – Montemor-o-Velho
Largo da Feira – Montemor-o-Velho
Segunda-feira dia 3 de Março, a partir das 14 horas.
Escola Profissional de Montemor-o-Velho
Estrada Nacional 111 – Montemor-o-Velho
Terça-feira dia 4 de Março, a partir das 10 horas (durante todo o dia).
Escola EB 2,3 de Anadia
Moita – Anadia
Quarta-feira dia 5 de Março, a partir das 10 horas.
Escola Secundária da Mealhada.
Estrada Nacional 1 – Mealhada
Quarta-feira dia 5 de Março, a partir das 14 horas.
Escola Básica do Pereiro
Pereiro – Anadia
Quinta-feira dia 6 de Março, às 18:30 horas.
Escola Secundária Infanta Dona Maria – Coimbra
Sessão aberta a toda a comunidade escolar, alunos, professores e pais.
Rua Infanta Dona Maria – Coimbra
Sexta-feira dia 7 de Março a partir das (horário a definir)
Escola EB 2,3 Dr. João Garcia Bacelar – Tocha
Gândara – Tocha
Para terminar a semana em beleza, farei uma apresentação do meu livro “Navegando nas Palavras” na cidade do Porto, que tão bons momentos me tem proporcionado.
No dia 8 de Março, a partir da 19:30, mais coisa menos coisa.
Na Livraria Leitura Books & Living, no Shopping Cidade do Porto.
Rua Gonçalo Sampaio, 350 – Loja 238 (Próximo da Rotunda da Boavista)
Um abraço a todos e até já.
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antónio paiva
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sábado, março 01, 2008
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