18 fevereiro, 2010

no avesso de mim





no avesso de mim narro a angústia, desmonto a insónia. há uma distância surda entre os lábios, uma muralha feita de espera, um silêncio imponderável e agudo que me perfura os tímpanos. olhos marejados de sal sob o véu da ausência. uma fome insuportável de escorrer pelos teus contornos e gritar até ficar rouco. há uma ferida aberta que me consome, dorme, dorme, dorme. já fui abelha em cópula colhendo mel do teu estame. e tu auréola resplandecente em chamas.

7 comentários:

escarlate disse...

pois... dormir era o que eu precisava :(

Maria disse...

Nada sei da ausência. Nada sei de olhos marejados de sal. Nada sei de mim. Quase...

Beijo.

Fallen Angel disse...

Olha lá, ó coisinho... estás bem?

Manda-me á merda, mas manda também um sinal.

Lamento o que se passou por aí... mas, vá.. manda-me á merda, caramba... Abraço.

Ana disse...

De ausências eu também sei.
Desde ontem, estando ausente, estou com os madeirenses de todo o coração. Com todos os que perderam alguém ou algo.
Abraço.

Anónimo disse...

LIIIIIIIINDO!
ABELHA EM CÓPULA COLHENDO MEL!
UM "ABREIJO"!

escarlate disse...

e foi bom saber que estás bem
...

Anónimo disse...

E o silêncio, por vezes, é um dom, outras vezes, mata!!


D.