apneia humana
esta apneia humana que faz de mim pedra submersa,
às vezes fóssil; crosta calcinada, matriz atroz.
há um óbelo em forma de vespa assinalando as falhas;
uma teia de intempéries a aprisionar-me a boca.
um fluxo sinistro de membranas em elipse;
a estrangular o ventre desta lua de silêncios.
nas casas sonhos arcaicos transcritos prescritos;
silêncios engomados naftalina e bolor salivado.
asfalto sede ruptura caverna muro;
veios traços arestas bocejos e bocas sem beijos.
sexo agudo que sobra da amargura;
há uma luz cega nesta imensa bruma de apneias
7 comentários:
.....
Deixo-te um beijo.
Não tenho o teu livro imperfeito. Só tenho os perfeitos. Mandas-mo? Ou dizes onde posso comprar?
Beijo.......
alto lá! há aqui qualquer coisa errada!! a Maria diz que só tem os livros perfeitos... ora eu tenho todos os teus livros e nenhum deles é qualquer coisa de jeito, será que ela se enganou no autor???
:P
manda lá o livro à mocinha, és sempre a mesma coisa
:)
"nas casas sonhos arcaicos transcritos prescritos"
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porque os sonhos grandes repetem-se de geração em geração, ficam transcritos nos lugares e prescritos no tempo.
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Sonhos prescritos também eu tenho. Alguns realizados. Já não vou ter tempo e forças para tantos outros - os prescritos.
cegos nós, que a luz se escurece porque não a sabemos acender...
há sonhos e sonhos!
uma certa "raiva" neste texto, mas pode ser a maneira como o li.
bom fim de semana!
beij
Gosto deste teu texto
Beijo
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