09 junho, 2013

a respirar a respirar a respirar

sobre as alvenarias caídas voarão os pássaros em direcção ao sul como é conveniente. há a rouquidão das janelas e as portas boquiabertas escancaradas. fundos testiculares a verter dos cueiros. nada de excrementos e ladaínhas imprecatórias. andam por aí dinossauros - andam. andam por aí apoucadores(as) - andam. andam por aí citadores(as) - andam. há quem me queira num sono fossilizado - há. tempest...uoso rasgarei a pele da terra. em tempos alguém escreveu e disse: que eu poderia atirar as minhas palavras ao vento que elas nunca se perderiam - mas agora não. agora tudo está perdido. não, nada está perdido e eu continuarei a atirar as minhas palavras as todos os ventos. e nunca se perderão, porque as minhas palavras, tal como eu - sabem voar. sabem.

2 comentários:

Ana disse...

De vez em quando apanho-as no vento, as tuas palavras.
Abraço.

antónio paiva disse...

Olá Ana,

Tenho saudades da tua generosidade e da tua pessoa.

Grato.

Um abraço.