13 junho, 2013

sofrósina;


disseram-lhe que tinha de andar sem pernas e morrer sem apelar à morte. disseram-lhe que tinha de ser assim em nome de tudo quanto desconhecia. uma espécie de estupidez ao  jeito de lua-cheia e cio. nunca se preocupara com o preço dos vasos de manjericos. manjericos conhecia muitos. sabia dos submarinos como toda a gente. à noite fala com o vento que ralha. a culpa é de um trimestre chuvoso – disse o outro. da mente esconsa do grande chefe, emergem nevoeiros e vertigens, que o fazem sentir cada vez mais longe de casa, mais longe de si. a vida não é senão uma réstia de mentiras agoniadas. um sufoco.

decidiu pelo privilégio de pensar pela própria cabeça. os armazenistas, os especialistas e a governação não acharam graça – nunca acham. preferem a anuência prenhe de benesses e adulação. mas ele decidiu que estava na hora de os mandar - mandou-os – e foi à vida dele.

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