26 agosto, 2009

anseio

anseio todas as palavras simples,
com a mesma ânsia que encaro o meu rosto.

anseio na escrita de todos os dias,
a memória da memória permeável às diferenças.

todos têm as suas próprias leis,
pedem-me que as entenda,
continuando indiferentes à minha ânsia.

habito sob esta pele,
matéria bárbara e adversa,
na ânsia de não favorecer a desistência.

depois acusam-me da ausência,
como se tudo fosse apenas e só um poema ambíguo.

anseio sobreviver,
a esta fadiga que me impõem, torrente de egoísmo.

a todos devo, mesmo aos desconhecidos,
anseio tanto pagar-lhes para que me deixem em paz.

10 comentários:

Maria disse...

anseio saber como te comentar...
dias???

Um beijo

Vanda Paz disse...

anseio que encontres a paz que procuras

beijo

escarlate.due disse...

ansei poder alterar:
"anseio sobreviver"
troco o sobreviver por um singelo Viver (sim com maiuscula)
"pagar-lhes para que me deixem em paz"
não precisas, eu não te cobro por isso :P

:) beijoooooooooooo

BF disse...

Ok. Por mim podes ir descansar... de férias e depois...voltar com mais palavras.

Um beijo
BF

rascunhos disse...

como te entendo , amigo...


um beijo

fica bem

Fallen Angel disse...

2 simples comentários: não me pagaste para te deixar em paz. Contudo, fi-lo. Porque INVEJO a paz de Porto Santo. Até tu mereces isso... ( lol ) ;-)

Não há poemas ambíguos, meu caro... há poemas para o umbigo. Como este não é um deles, recordo-te:

« Homem, olha as coisas com humildade. Até o barro tem poesia! »

Este foi o primeiro... deve aparecer ali nos comentários como segundo, mas não. Foi o primeiro. O segundo simples comentário vem agora- Ali em baixo. Ou em cima. Já nem sei..

Fallen Angel disse...

( Este é o tal.. o segundo..)

António, não há palavras simples. Nunca se ouviu falar de tal coisa. E mesmo se escrevesse « houviu » esta tal palavra mal parida não alterava a única coisa que dá vida ás tais palavras: o sentimento.

« na ânsia de não favorecer a desistência. »

Porque não... dá-lhe vantagem, sim. Favorece-a. Depois surpreende-a. E vence. :-)

( A desistência é uma meretriz reles... dá-lhe 10 euros e ela pára de chatear.. )

Não mando abraço.. mas se te chegares para lá até te faço uma saudação... assim com quem diz: até és um gajo porreiro... mas abraços não!

;-) ( Fica bem )

Memória de Elefante disse...

a ansiedade gera poemas!!!

vieira calado disse...

O objectivo da guerra

é a paz.

(Quem foi que disse isto?)

Eu disse doutra maneira, a semana passada, no blog.

Vá ver.

Talvez ache piada...

que você só acha piada (e bem!)

ao mais ou menos insólito (penso)

Um abraço

Anónimo disse...

Só hoje li este poema, depois fiz contas aos dias, ao vaivém dos ponteiros, comecei a costurar o tempo e ... fiquei triste!
Perguntas porquê?
Tu sabes.