28 junho, 2006
25 junho, 2006
excerto......
- Aqui vos deixo um excerto do que estou a escrever de momento, pode ser faça algum sentido.
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Eu posso bem com estes murros no estômago, que me fazem dobrar todo, mas eu disfarço e ponho dentadura arreganhada, ou faço de contas que estou a apanhar qualquer coisa do chão, bem disfarçado não acham?
Pois eu cá acho que sim, bem sei que há sempre gente com vontade de me contrariar, cá para mim só pode ser gente que não tem mais que faça, se fossem como eu atarefados em mudar o mundo, já não se metiam na minha vida, mas enfim, ele há gente para tudo.
Olha lá, pergunto-me eu, mas tu andas atarefado a mudar o mundo, tu sabes lá do que estás a falar?
Claro que sei, respondo-me eu, só me faltava agora eu contrariar-me a mim próprio, onde é que já se viu tamanho desaforo?
E se te calasses? Digo-me eu, não vês que estás a falar sozinho, ou contigo mesmo, deves estar a perder o tino, penso eu, ri-me, pois claro que ri, como se pode perder o que não se tem, ou não se sabe onde está?
Na verdade “falar” com os nossos botões, muitas vezes é um remédio que temos de tomar, mesmo que amargue na boca, sim amarga e às vezes muito, porque nos damos conta das nossas reais fragilidades.
Mas a quem podemos nós contar aqueles segredos muito íntimos, a não ser a nós mesmos, quem nos acompanha nas longas travessias da vida, na solidão singular mesmo que no meio de uma multidão, nós e só nós, não há dúvida.
Está bem, mas agora estou no jardim, vou aproveitar para deitar os olhos à nostalgia dos outros, aos seus momentos menos conseguidos, às coisas que me rodeiam, assim sempre disfarço e atenuo aquilo que me incomoda, mas que eu não quero sequer que alguém desconfie.
Caso contrário lá caía por terra a minha pose de entendedor de jardins, o que neste momento não me dava jeito nenhum que acontecesse, vamos lá a soltar os olhos e os sentidos.
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Desejo uma boa semana a todos, e muito obrigado pela atenção e carinho que me dispensam.
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antónio paiva
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domingo, junho 25, 2006
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23 junho, 2006
emergindo
sinto o despertar lento das emoções
tento agarrar as asas de um sonho
a vida roda num turbilhão de sentimentos
envolta no manto de algum querer
devagar muito de vagar estou a emergir
afastando as cortinas de densos nevoeiros
caminhando num universo de labirintos
a viagem é um acto solitário e íntimo
num exorcizar de fantasmas e medos
se puderes espera-me à saída
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antónio paiva
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sexta-feira, junho 23, 2006
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17 junho, 2006
na penumbra
passa o tempo devagar
numa lentidão adormecida
num querer bocejante e sonolento
gestos despidos de cadência
pensamentos gastos pela erosão
amanhã talvez
hoje vou baixar as persianas
estendo-me na penumbra
…………..encerrado
- O meu pedido de desculpas, por não estar a comentar nos vossos blogues, mas de momento não o consigo fazer, no entanto visito-vos em silêncio, agradeço a vossa compreensão.
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antónio paiva
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sábado, junho 17, 2006
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16 junho, 2006
noites
há noites que nascem de murmúrios
há noites que nascem de promessas
há noites que noites brotam a paixão
há noites que se banham nas lágrimas
há noites que se cravam como punhais
há noites que torturam pela insónia desmedida
há noites que amanhecem numa dolorosa despedida
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antónio paiva
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sexta-feira, junho 16, 2006
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15 junho, 2006
quero falar-lhe
do amor tanto se escreve
do amor tanto se fala
todos sabem do amor
uns dizem que o tiveram
outros que o sentiram
outros que o fizeram
há quem o procure
se o virem por aí
digam-lhe, quero falar-lhe
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antónio paiva
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quinta-feira, junho 15, 2006
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14 junho, 2006
submerso
tenho a vida suspensa
o equilíbrio de momento
não é sequer uma miragem
sustenho a respiração
mergulho no eu mais profundo
o silêncio esmaga-me
a dor atordoa-me
o querer desprendeu-se
vou ficar submerso
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antónio paiva
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quarta-feira, junho 14, 2006
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13 junho, 2006
folheando a vida
amenizando a insónia da noite
na longa espera de um sonho
suspenso das ideias
a vida num plano inclinado
rolando vertiginosamente
perdi-lhe a lógica e o sentido
agora não penso mais nisso
pode ser que haja sonho
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antónio paiva
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terça-feira, junho 13, 2006
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09 junho, 2006
ideias de burro...............
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antónio paiva
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sexta-feira, junho 09, 2006
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08 junho, 2006
Titanic Embandeirado

Ora vamos lá a ver se conseguimos perceber, o sistema de Segurança Social está à beira da falência, porque cada vez há menos gente a descontar para pagamento das pensões e outros custos de uma população envelhecida.
No entanto o desemprego aumenta, sem emprego não é possível haver mais gente a descontar.
A população está cada vez mais envelhecida é um facto, mas como é do conhecimento de todos, o tratamento que a nossa sociedade dá às crianças é bárbaro, não se investe para que elas possam crescer de forma digna, se possam desenvolver física e intelectualmente para garantir o futuro.
O interior do país está a ficar desertificado, em vez de criar condições para que as pessoas se fixem lá, são encerrados serviços vitais para atrair as pessoas, nomeadamente escolas maternidades e ainda outros serviços públicos.
Depois ficamos admirados com os incêndios, que anualmente devastam as florestas nacionais, destruindo o pulmão do país, destruindo uma riqueza de valor incalculável, todos gostamos de ver as paisagens quando viajamos, mas não nos passa pela cabeça que é preciso fazer muito para que elas sejam protegidas.
O país vai ardendo porque é um país ao abandono, o interior desertificado vira pasto para chamas, depois ficamos revoltados, mas na verdade devemos ficar revoltados com nós próprios, esta situação não se resolve apenas com decretos-lei emanados por um qualquer governo, tenha ele a cor que tiver, mas sim com uma forte atitude cívica de todos.
É cansativo e estéril, ver políticos bombeiros e um sem número de entidades a disputar poderes e direitos, a exibir vaidades de cada um, em vez de unir esforços para combater este flagelo.
Sinceramente estamos cansados do corporativismo de classes profissionais, se reflectirmos friamente este país é governado por associações sindicais e profissionais há décadas, e não pelos governos eleitos, os resultados são bem visíveis embora façamos de contas que não vemos.
Uns não querem ser avaliados pelos pais, outros não querem que lhes encurtem as férias, outros insistem em exigir que se lhes dê o que não há para dar, meus caros quem não deve não teme, e em tempo de apertar o cinto toca a todos.
Pois assim sendo, policias, professores, médicos, enfermeiros, magistrados, políticos, militares e funcionários públicos em geral, e demais trabalhadores, é chegada a hora de meter a mãozinha na consciência, não é possível continuar a manter as coisas como até aqui, e continuar a exigir o que não há para dar, estamos todos de bolsos vazios e de bolsos vazios o que se pode tirar, é nada!!!
Mas claro, podemos sempre continuar a esbracejar, a gritar disparates aos sete ventos, enquanto a coisa afunda, talvez, é uma opção, e porque não, temos agora o futebol, o mundial, pois, bandeiras nas janelas, original um país afundar-se com o seu símbolo exibido por toda a parte, até tem o seu quê de sublime, qual Titanic embandeirado, parece-nos bem!!!
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antónio paiva
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quinta-feira, junho 08, 2006
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06 junho, 2006
tinha de ser
seco por fora encharcado por dentro
torna-se-me a vontade escorregadia
a passada das ideias fica pesada
à espreita qual abutre, o desânimo
encaro-o de frente
ainda é cedo, digo-lhe
sacudi a vontade e segui adiante
a fazer o que havia que ser feito
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antónio paiva
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terça-feira, junho 06, 2006
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03 junho, 2006
desafio
olhei-te folha de papel em branco
a desafiar o meu vazio
de lápis em punho jurei vingança
risquei-te de fúria desesperada
lancei-te a raiva sem pudor
fixei-te exausto mas preenchido
afinal folha branca mudei-te a cor
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antónio paiva
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sábado, junho 03, 2006
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01 junho, 2006
........em mais um dia mundial........
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antónio paiva
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quinta-feira, junho 01, 2006
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