in Genéricos 18
De tanto me doer o pensamento acordei com o estrondo dos olhos a caírem dentro de mim. Foi quando o par de óculos se sentaram no nariz situado logo acima do bigode e começaram a ler. Na mesa do lado ela deixou cair o sorriso na chávena de chá que fumegou de desejo. O desejo a fumegar na chávena de chá. Na chávena de chá o desejo. A fumegar. A fumegar. O desejo. O desejo. Fumega em chá dele. A chávena quente.
uma espécie de escritos avulso
para ler sem receituário
3 comentários:
Já me caíram os olhos umas poucas de vezes neste texto, deixando o sorriso sempre pregado à face.
Muito boa esta prosa poética, um místico de sensualidade agridoce.
Beijo
sensualidade em nuances diferentes.
está uma bela prosa poetica, como sempre...
beij
Bastava-me a chávena quente... Mas o texto fumegou-me neste dia... Como eu precisava do que bebi...
Fica bem,
Miguel
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