23 abril, 2009
20 abril, 2009
Agenda do Livro Pedaços de Vida e Fantasia
Dia 24 de Abril pelas 21,30
Apresentação da obra pelo escritor e poeta José Torres.
Momento musical, pelo músico, poeta e escritor Flávio Lopes da Silva, acompanhado pelo músico Miguel Duarte.
Sessão de Apresentação na Biblioteca Municipal de Anadia
Dia 26 de Abril pelas 16 horas
Apresentação da obra pelos alunos do 11º Ano, da Turma de Literatura Portuguesa, da Escola Secundária de Anadia
Preparação e coordenação da Professora Dulcineia Borges
Com o patrocínio da Câmara Municipal de Anadia, Biblioteca Municipal de Anadia, e Vinícola Castelar.
Sessões de Apresentação em Montemor-o-Velho
Dia 27 de Abril pelas 11 horas
Associação Diogo de Azambuja – Escola Profissional de Montemor-o-Velho
Estrada Nacional 111
Dia 27 de Abril pelas 14 horas
Associação Diogo de Azambuja – Escola Profissional Agrícola Afonso Duarte
Largo da Feira – Montemor-o-Velho
Sessões de Apresentação em Gafanha da Nazaré
Dia 28 de Abril manhã e tarde
Escola Secundária c/3ºCEB da Gafanha da NazaréRua Dr. António Vilão, apartado 82
Sessão de Apresentação em Vilarinho do Bairro
Dia 29 de Abril pelas 14:30
Escola Básica 2º e 3º Ciclos de Vilarinho do Bairro
Sessão de Apresentação em Lisboa, na Livraria Bulhosa Books & Living – Campo de Ourique
Rua Tomás da Anunciação, nº 68 B
Dia 1 de Maio pelas 16 horas
Apresentação da obra a por Ana Correia e pelo poeta Vítor Cintra, autor do prefácio ao livro.
Conferindo ao evento maior dimensão cultural, estarão expostas durante a sessão, pinturas de Helena Paz.
Sessão de Apresentação na Fnac Coimbra
Dia 2 de Maio pelas 21:30
Apresentação da obra por Paula Cação e pelo poeta Policarpo Nóbrega.
Um evento a não perder por quem goste de emoções fortes.
Sessão de Apresentação na Fnac Madeira
Dia 9 de Maio pelas 17 horas
Apresentação da obra por Paula Trigo.
Estão garantidos momentos surpreendentes durante a sessão, que não são revelados, para estimular apetites.
O autor agradece encarecidamente a vossa presença.
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antónio paiva
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segunda-feira, abril 20, 2009
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16 abril, 2009
breve ensaio à natureza
escolhi-te dia e noite para minha amante,
no refúgio sombreado do denso arvoredo.
uma cama de tufos, lençóis de brisa silente,
sem palavras, silêncios aligeirados de sopro.
no teu dialecto de minúsculas por insectos,
minúcias deslumbrantes em ancas de frutos.
Deusa visível de fascinante complexidade,
paleta de todas as cores refúgio de simplicidade.
e olho o céu, e olho o mar, toalhas em azul
de bainhas brancas, tal como o sol no início.
todo o olhar é a confirmação, hemisfério norte e sul,
íntimo movimento no verso da asa, ave sem vício.
num suspiro me alimento e a alma exalta,
na delícia de um beijo nos teus lábios de água.
a força permanente do vale à montanha mais alta,
uma ode um hino uma fé onde vou lavar a mágoa.
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antónio paiva
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quinta-feira, abril 16, 2009
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14 abril, 2009
breve ensaio ao autor
leiam-me com o mesmo vómito de desprezo,
com que deitais o olhar furtivo a um mendigo.
mas leiam-me,
e não me deis palavrinhas de aconchego.
vinde antes temperados de azedume,
zurzindo impiedosamente o chicote do castigo.
mas leiam-me,
que desta alma não ouvireis um só queixume.
e se sois vós ainda tão tenros e já sentados,
pois leiam-me,
e nesse mínimo castigo expiareis vossos pecados.
sou feito de matéria bárbara e firme,
nas palavras me abrigo e busco a nudez do simples.
então leiam-me,
nesta convergência de fluxos e matéria sublime.
nocturno amante de insectos espuma e pedra,
animal à sombra e à chuva de opacos melindres.
então leiam-me,
ao som dos latidos enquanto a iliteracia não ferra!
(de breve em breve se edifica a consciência)
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antónio paiva
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terça-feira, abril 14, 2009
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12 abril, 2009
breve ensaio à palavra
na espessura do tronco da árvore,
há pelo menos uma palavra viva em crescendo.
no canto melodioso da ave,
há pelo menos uma palavra em voo sonoro.
também o teu corpo é palavra,
às vezes indizível por habitar a vertigem.
na oblíqua exactidão do fogo que lavra,
no ardor da ferida exangue em floresta virgem.
germina a palavra diante dos meus olhos,
tingindo a negro o canteiro de papel branco.
arma diáfana e precisa a combater antolhos,
num labor de silêncios e sons a atenuar o pranto.
dedico-te o meu amor na claridade do meu desejo,
fundindo o teu e o meu corpo em matéria ardente.
em voos do imaginário planando no puro ensejo,
na tua cúpula em cópula até ao verso incandescente.
(à palavra todo o respeito é devido, na escrita o seu uso quer-se parcimonioso e sério. mas; também um “produtor” vinhos ousou dizer: que sabia ser possível fazer vinho de uvas, mas desse ele nunca tinha feito)
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antónio paiva
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domingo, abril 12, 2009
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11 abril, 2009
breve ensaio ao livro
ao longo da História,
milhões foram queimados,
pelo vil propósito de os calar.
domínio branco tingido pelo saber!
linhas de força;
da generosa e espiritual humana criação.
ah seiva fascinante!
de sabor destemido ante os poderosos,
que estremecem diante do poder da palavra nua.
não balbucia memórias; instiga-as!
em matéria pastosa e solidificada,
rasga o domínio do interdito,
na voz do poeta e escritor maldito.
e de júbilo terno te observo,
leio, venero e amo num clamor branco,
nas páginas esculpidas em sangue
pelo cinzel, na memória do poema onde respiro.
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antónio paiva
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sábado, abril 11, 2009
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07 abril, 2009
breve ensaio à nudez
corpo em palavras venero,
o teu nome espuma branca,
ou seda de chocolate sedutora.
desejo desejado penumbra despida,
vocábulos ungidos de suor e lua,
dicionários de amor ao nu da vida.
claridade a cegar claridade,
ou ébano doce a cegar doçura,
serena e terna repousa a mulher nua.
(só os meus olhos escrevem com perfeição)
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antónio paiva
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terça-feira, abril 07, 2009
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02 abril, 2009
breve ensaio ao monólogo
tem quatro casas o botão,
todas elas caseadas,
por linhas bem entrançadas.
estás a vê-lo diante do teu nariz?
há-os de plástico de prata de oiro e latão,
também os há de chifres,
talhados na vida de um pobre cabrão.
estás a ver aquela linha alaranjada,
entre dois retalhos de nuvem?
estás nada, a esta hora julgas-te Platão!
pobre diabo, encantado com o seu umbigo,
qual filósofo em alegoria da caverna,
escondido e só, a curar ignorância.
e agora diz-me lá,
por que não aprendes a cerzir a alma?
vá anda, reponde-me!
por que não me dizes nada?
ah! já sei!
de esqueleto não passas.
e para mal dos teus pecados,
a tua inteligência sempre viveu acamada.
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antónio paiva
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quinta-feira, abril 02, 2009
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