breve ensaio ao monólogo
tem quatro casas o botão,
todas elas caseadas,
por linhas bem entrançadas.
estás a vê-lo diante do teu nariz?
há-os de plástico de prata de oiro e latão,
também os há de chifres,
talhados na vida de um pobre cabrão.
estás a ver aquela linha alaranjada,
entre dois retalhos de nuvem?
estás nada, a esta hora julgas-te Platão!
pobre diabo, encantado com o seu umbigo,
qual filósofo em alegoria da caverna,
escondido e só, a curar ignorância.
e agora diz-me lá,
por que não aprendes a cerzir a alma?
vá anda, reponde-me!
por que não me dizes nada?
ah! já sei!
de esqueleto não passas.
e para mal dos teus pecados,
a tua inteligência sempre viveu acamada.
4 comentários:
Eu não aprendo a cerzir minha alma, ela tem que ser livre para que eu exista... Mas gostei demais da analogia! Um beijo!
cerzir a alma!|?
vamos lá com calma.
Ernesto, o avô
"a tua inteligência sempre viveu acamada"
É algo típico do ser humano. Se começássemos a pensar com a cabeça e não com o coração, talvez para além de aprendermos mais não fosse tão necessário "cerzir a alma". Teríamos, provavelmente, uma dupla liberdade.
Um beijo,
Rafaela.
Olá, amigo!
Andei por aqui a ler.
Gostei do blog.
É variado e interessante.
Um abraço
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