breve ensaio ao livro
ao longo da História,
milhões foram queimados,
pelo vil propósito de os calar.
domínio branco tingido pelo saber!
linhas de força;
da generosa e espiritual humana criação.
ah seiva fascinante!
de sabor destemido ante os poderosos,
que estremecem diante do poder da palavra nua.
não balbucia memórias; instiga-as!
em matéria pastosa e solidificada,
rasga o domínio do interdito,
na voz do poeta e escritor maldito.
e de júbilo terno te observo,
leio, venero e amo num clamor branco,
nas páginas esculpidas em sangue
pelo cinzel, na memória do poema onde respiro.
3 comentários:
Belíssimo!
Veio-me à memória o Farenheit 451, que vi se calhar há mais de 30 anos!
Faz-me falta tocar um livro, cheirá-lo, e não é a mesma coisa ler o mesmo texto aqui ou em papel impresso...
Um beijo
algo que não consigo conceber: que se destruam!
é como destruir toda uma memória de um mundo inteiro que vai muito para além do real e imaginário.
beijooooooooo
Páscoa feliz!
Enviar um comentário