11 abril, 2009

breve ensaio ao livro



ao longo da História,
milhões foram queimados,
pelo vil propósito de os calar.

domínio branco tingido pelo saber!
linhas de força;
da generosa e espiritual humana criação.

ah seiva fascinante!
de sabor destemido ante os poderosos,
que estremecem diante do poder da palavra nua.

não balbucia memórias; instiga-as!
em matéria pastosa e solidificada,
rasga o domínio do interdito,
na voz do poeta e escritor maldito.

e de júbilo terno te observo,
leio, venero e amo num clamor branco,
nas páginas esculpidas em sangue
pelo cinzel, na memória do poema onde respiro.

3 comentários:

Maria disse...

Belíssimo!
Veio-me à memória o Farenheit 451, que vi se calhar há mais de 30 anos!
Faz-me falta tocar um livro, cheirá-lo, e não é a mesma coisa ler o mesmo texto aqui ou em papel impresso...

Um beijo

escarlate.due disse...

algo que não consigo conceber: que se destruam!
é como destruir toda uma memória de um mundo inteiro que vai muito para além do real e imaginário.


beijooooooooo

AnaMar (pseudónimo) disse...

Páscoa feliz!