17 abril, 2008

excerto II



...

"O pássaro poisou no ramo do pinheiro junto à casa e cantou para dentro. Os sons têm o dom de mudar os olhos e os sentidos. Assim os dias reformulam os seus discursos. Neste espremer das dúvidas até fazer verter a indiferença das palavras. Nesta coutada de palavras, onde tenho um papel secundário, de caçador viciado, perseguindo as peças de caça, para que a magia aconteça. Uma ou outra vez lá acontece, o triunfo inesperado, a criação de um ou outro parágrafo de leitura."...

excerto de texto
antónio paiva

9 comentários:

Maria disse...

Tinha saudades de te ler assim. Todos os dias.
Que bom.....

Um beijo, António
(noite serena...)

Lyra disse...

A palavra quando é criação desnuda. A primeira virtude da escrita, tanto para o escritor como para o leitor, é a revelação do ser. A consciência das palavras leva à consciência de si: a conhecer-se e a reconhecer-se...

Beijinhos e até breve.

;O)

mixtu disse...

as palavras... a indiferência...

abrazo serrano desde olho marinho
yayyya

Ana disse...

Os pássaros cantam para dentro, não de casa, mas de mim. As palavras que juntas em parágrafos de leitura também cantam para quem as lê.
Por isso, tenho os teus livros sempre por perto.

Silvia Madureira disse...

Olá:

Se for possível passa no meu blog.

obrigada

Vanda Paz disse...

é com as frases que constróis que cantas em cada um de nós

hoje cantaste bem dentro do meu peito, logo pela manhã

beijo

Um Momento disse...

E o pássaro o som das tuas belas palavras me levou ...
Suavemente o meu dia alegrou...
E eu ...sorridente a ti um beijo terno soprei:))))))

Bom fim de semana!

(*)

Um Poema disse...

...
Se eu acreditasse nessa "inveja", não vinha aqui deliciar-me com o que escreves.
Nem te dedicava o meu post.

Um abraço

....

impulsos disse...

A magia acontece sempre...
Assim os nossos olhos a vejam e a alma a sinta!

Muito bom, como sempre.
Seja aqui, ou noutro lugar qualquer.


Beijo