16 abril, 2008

tenho-te

(fotografia antónio paiva / um dos meus amanheceres esta semana)

nesta ferida aberta
que não quero tratar
tenho-te

em sangue
em fogo
tenho-te

nesta ilha tão longe
em mar…
é onde mais te tenho
antónio paiva

12 comentários:

Unknown disse...

Mas porque, António? para se amar alguém tem de haver dor e sofrimento?!

Há muito que não passava por aqui. Olá de novo...

;)

Vanda Paz disse...

Os poemas nascem-te das mãos, mas a poesia és tu.

Muito bonito

Beijo

impulsos disse...

Este é um desses pequenos poemas de que falas ali em baixo. Daqueles pequeninos, mas tão ricos!
Ter certezas
Das riquezas
Singelas e plenas
É com certeza
Uma grande riqueza!
Poder ver o amanhecer
Contemplar os primeiros raios de sol
Respirar fundo e dizer
Este é o meu maior tesouro
Sou feliz por o ter!

Beijo

PS. Claro que ainda há bolo e champanhe (um ASTI bem fresquinho)...

Lyra disse...

Que sorte que tens em ter amanheceres destes...assim, t�o lindos e inspiradores! Invejo-te.

Parab�ns pelo blog e at� breve!

;O)

Outonodesconhecido disse...

Bjocas e boa semana

Anónimo disse...

É por estes poemas que o teu último livro vive à minha cabeceira.

Um beijo muito grande, amigo!
Manuela Fonseca

Ana disse...

"nesta ilha tão longe
em mar..."

A ilha de cada um de nós onde, apesar de tudo, outros acostam ou desembarcam.

Aos teus poemas, não me atrevo mais a adjectivar - aprecio.

Claudinha ੴ disse...

O mar, sempre a nos acalentar ou a revolver nossos sentimentos, quanto deste sal, quanto deste sal poeta... Lindo poema!
Um beijo!

Anónimo disse...

Lindos são seus poemas. Longe , além mar, o poeta encontra o amor , que queima como fogo, sangra como ferida aberta , mas o que importa é tê-lo.

parabéns

De uma poeta do outro lado do mar

Rosácea

Maria disse...

... e não é que te percebo?
como eu gostaria de ter amanheceres como tu.... e tenho-te....
... dentro do peito....

Um beijo

Um Poema disse...

...

Belo! Belo! Belo!

Um abraço

....

Anónimo disse...

"Vive o carmim, Samsara. A ferida.
E terás um vestígio do homem na tua estrada."

Hilda Hilst.

Duas linguagens, o mesmo sentimento!
bjos