Um momento escrito a tinta permanente

Dentro e fora de mim tudo sinto por igual. Esta luz matinal serenamente a esculpir o mundo dos meus olhos. Sim, há momentos em que até a nuvem mais escura tem brilho. E aquela roupa branca a adejar no estendal, é a magia das memórias sem saudade, que me estão a bater à porta. Vou abrir.
O azul por cima do azul do oceano corou. Atmosfera alaranjada beijando o mar. E esta brisa de emoção que desperta em mim. Esta luz que entra dentro de mim. Como uma criança em viajante adulto acabado de chegar. É neste tempo que os relógios não sabem contar, neste espaço que não se mede, que a Vida me habita a alma.
Um momento escrito a tinta permanente.
1 comentário:
Tiro os sapatos com o seu pó dos caminhos. E, de pés nus, caminho devagar pela areia macia da tua escrita, sentindo-lhe o pulsar. E acontece que neste tempo que os relógios não sabem contar, neste espaço que não se mede, que a Vida me habita a alma.
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