Classificados; Equilíbrio Procura-se
Muitas vezes sinto-me a escrever no cais do deserto. Ultimamente cada vez mais. Quase transporto frases e versos nas olheiras. São dúvidas, é o que são. Dúvidas. Esta coisa de transformar ideias, pensares e olhares em escrita, às vezes é um massacre. Uma coisa é um escritor em escombros, outra coisa é; por via de sarar as feridas, transformar a escrita em escombros.
Se tenho algo para dizer; preciso de o escrever. Mas dizer por dizer e escrever por escrever? Pois, é medíocre e só estreita a mente. E disso só pode restar o sabor amargo a remorsos inúteis. Valha-me a santinha da gaveta, que não me cobra promessas.
Estabeleço aqui uma pequena analogia; se temos de ir a um evento, de cujo programa de abertura consta uma maçadora intervenção de retórica, o melhor remédio é chegar atrasado. Evitamos desse modo ficar a bocejar por dentro. Por isso entendo que; se preciso de escrever alguma coisa, e no momento não sai mais do que escrita grossa. O melhor é adiar. Desse modo, não boceja a escrita, não bocejo eu, e evito o bocejo do incauto leitor.
Ainda que, a escrita não seja filha da exactidão de uma fórmula matemática, e passe tempos infinitos pendurada em cortinados de estética, há que evitar a todo o custo, transformá-la em qualquer coisa de carregar pela boca. E dúvidas, muitas dúvidas.
A verdade é que todos nós temos os nossos momentos de temerosas cobardias, e os nossos momentos de coragem patética em exaltação. Dúvidas, muitas dúvidas. E somos tantos a errar por caminhos semelhantes, às vezes diferentes. O anúncio a publicar nos classificados; Equilíbrio Procura-se.
Se tenho algo para dizer; preciso de o escrever. Mas dizer por dizer e escrever por escrever? Pois, é medíocre e só estreita a mente. E disso só pode restar o sabor amargo a remorsos inúteis. Valha-me a santinha da gaveta, que não me cobra promessas.
Estabeleço aqui uma pequena analogia; se temos de ir a um evento, de cujo programa de abertura consta uma maçadora intervenção de retórica, o melhor remédio é chegar atrasado. Evitamos desse modo ficar a bocejar por dentro. Por isso entendo que; se preciso de escrever alguma coisa, e no momento não sai mais do que escrita grossa. O melhor é adiar. Desse modo, não boceja a escrita, não bocejo eu, e evito o bocejo do incauto leitor.
Ainda que, a escrita não seja filha da exactidão de uma fórmula matemática, e passe tempos infinitos pendurada em cortinados de estética, há que evitar a todo o custo, transformá-la em qualquer coisa de carregar pela boca. E dúvidas, muitas dúvidas.
A verdade é que todos nós temos os nossos momentos de temerosas cobardias, e os nossos momentos de coragem patética em exaltação. Dúvidas, muitas dúvidas. E somos tantos a errar por caminhos semelhantes, às vezes diferentes. O anúncio a publicar nos classificados; Equilíbrio Procura-se.
Pois é; fritar miolos.
2 comentários:
É a vida em permanente combustão servida à mesa. A alma em prece e coração pendular.
E há os dias em que a prece é abandonada, esquecida, e o pendulo enlouquece. E o escritor está só na busca de algum equilíbrio. É dentro de si que tem de buscá-lo. O mundo assusta, avaria-se e, contudo, também é nele que agarramos fiapos de esperança.
Por vezes torna-se difícil encontrar o equilíbrio dentro de nós quando a vida é tão desequilibrada.
Gostei
Beijo
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