breve ensaio ao tempo
tempo breve, lento o tempo,
tempo arredio em marcha de caranguejo.
tempo esguio mentiroso e fugidio,
tempo seco barbatana de raia no estio.
e um tempo a embalar a insónia,
à espera que o sono escorra pelos beirais.
tempo de cópula dos ponteiros do relógio,
no cio dos segundos em orgasmo estéril.
o tempo das cigarras em desgarrada,
das corujas em desmesurado pio.
faz-me tanta falta, o tempo
que medeia entre a proa e a ré do navio.
meço o tempo onda a onda,
o tempo breve onde respiro liberto.
num tempo vago e de horizonte aberto,
densa partitura de instantes mínimos.
e tudo se agita num silêncio,
tão breve quanto o meu tempo.
o tempo se esfumou sem eu dar conta,
e a noite desfez o céu ainda há pouco em presença.
tempo arredio em marcha de caranguejo.
tempo esguio mentiroso e fugidio,
tempo seco barbatana de raia no estio.
e um tempo a embalar a insónia,
à espera que o sono escorra pelos beirais.
tempo de cópula dos ponteiros do relógio,
no cio dos segundos em orgasmo estéril.
o tempo das cigarras em desgarrada,
das corujas em desmesurado pio.
faz-me tanta falta, o tempo
que medeia entre a proa e a ré do navio.
meço o tempo onda a onda,
o tempo breve onde respiro liberto.
num tempo vago e de horizonte aberto,
densa partitura de instantes mínimos.
e tudo se agita num silêncio,
tão breve quanto o meu tempo.
o tempo se esfumou sem eu dar conta,
e a noite desfez o céu ainda há pouco em presença.
2 comentários:
O tempo... Sempre breve!
Sempre a escorrer...
Um beijo
Sabes amigo, tuas palavras são sábias. É bom ler-te, por vezes uma boa leitura é o suficiente para continuar em frente.
Obrigada
Beijo desta tua sempre amiga
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