O Burro no Mundo da Prostituição
Inês Fontinha contra legalização da prostituição.
A directora do "Ninho manifesta-se contra a legalização da prostituição em Portugal, porque, na sua opinião, não é possível legalizar o que diz ser um atentado contra os direitos humanos..... Rádio Renascença Online
Estamos perante um tema, capaz de gerar as maiores controvérsias, de facto tudo o que envolve a natureza humana, os seus comportamentos, assim o é, a directora do Ninho, mulher com décadas de trabalho numa instituição, que visa apoiar mulheres, que por uma razão ou por outra entraram no mundo da prostituição, tem de ser reconhecido e louvado, até porque é um trabalho em que o fracasso de um caso, espreita a cada momento, o retorno à prostitução das mulheres que passam pela instituição, acontece com frequência, pelo que é necessário uma grande determinação para continuar, mas isso não significa que a sua visão sobre o assunto, seja o modelo a seguir .
Não podemos esquecer, que com o passar do tempo tudo se altera, a prostituição não é hoje o que era há 40 anos atrás, cada vez mais a prostituição não existe apenas no feminino, ela tem cada vez mais expressão no masculino, a emancipação da mulher, a sua independência a todos o níveis, levou-a também a adoptar alguns corportamentos que eram tipicamente masculinos, daí que que a oferta de prostituição masculina e a sua procura, cresce a olhos vistos, a prostituição deixou de ter "sexo" defínido.
A prostituição de hoje já não se confina, às ruas, beiras de estrada ou bordeis, ela está também rodeada de luxo e requinte, utiliza de forma hábil e engenhosa todos os meios de comunicação, meios esses que também não quiseram ficar de fora de tão rentável negócio.
Quem se dedica à prática da prostituição nos nossos dias, não o faz apenas por razões financeiras, ou para alimentar toxicodependências, muitos são aqueles e aquelas que a adoptaram como forma de vida.
Não é por acaso que ainda à bem poucos dias, foi insistentemente noticiado a criação de associações de profissionais da prostituição em alguns países europeus, embora eles e elas gostem mais de se intitular, de profissionais da indústria do sexo, mas não me parece que produzir orgasmos seja uma indústria.
É por demais evidente, que é uma questão de tempo, para que isso venha a acontecer em cada vez mais países do mundo, não adianta metermos a cabeça na areia, a não legalização dessa actividade não vai fazer com que ela seja irradicada, com as devidas diferenças, vejamos o que se passa com o aborto, é proibido mas todos sabemos que ele á praticado clandestinamente, com sérios riscos de saúde para quem a ele recorre.
Posto isto, é um facto que não legalizar, só protege a exploração de muitos seres humanos, por gente sem escrúpulos, isso sim é que é grave, dar a oportunidade serem cidadãos de plenos direitos, a quem faz da prostituição um modo vida é no mínimo elementar, é preciso não resumir a prática da prostituição, a exploração sexual.
Por muito que nos doa, não nos resta senão assumir as nossas fraquezas como seres humanos.
O nosso muito obrigado.
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