09 janeiro, 2006

O Burro no Mundo Empresarial

Devo confessar, que o escrever sobre este tema, me levou a um conflito com o meu companheiro, coisa mesmo dura, mas como sempre quando é preciso decidir, decide-se.
O assunto é mesmo sério, o meu companheiro entende que devia ser criada uma lei, que permita despedir empresários, ora como já estão a perceber a esta altura, a coisa vai ficar feia, fez questão que eu escrevesse, que nem todas a empresas que estão em crise, o estão porque os empresários a quem pertencem, sejam maus empresários, mas porque em tempos de recessão económica, alguns sectores empresariais ficam mais vulneráveis, as dificuldades de umas empresas fazem-se sentir noutras, como um efeito em cadeia, portanto a dita lei não se aplica nestes casos.
Segundo ele, essa lei seria destinada a uma espécie muito específica de empresários, aqueles iluminados, que acham que o Criador, esteve à espera que eles fossem concebidos, para depositar nos seus preciosos cérebros, práticamente toda a inteligência disponível, ficando para os restantes seres humanos, pequenas sobras que lhes seriam fornecidas, apenas para perceberem as ideias e vontades desses tais iluminados, são indivíduos cujo respeito pelo seu semelhante é dissimulado e completamente falso.
Em muitos casos, não tivereram de fazer coisa nenhuma, para ter o que têm, limitaram-se a crescer ao sabor da corrente, e aguardaram que lhes fosse entregue um património, que apenas valorizam por vaidade, mas que não dedicam um segundo sequer, a pensar o quanto custou a erguer a partir do zero, aquilo que lhes veio parar ás mãos.
Admitem ao seu serviço, colaboradores de que realmente necessitam, para os ajudar na gestão das empresas, mas sempre que lhes delegam competências e os mesmos obtêm resultados, ficam aterrorizados, ou tentam desvalorizá-los ou ainda trasmitir a ideia, que isso acontece porque a sua presença iluminada, por si só leva a que tudo aconteça, sentem-se desconfortáveis, e iniciam um processo de esvaziamento, das funções desses mesmos colaboradores.
São personagens que lideram por via da manipulação, através da qual obtêm resultados imediatos das suas intenções, mas que a curto ou médio prazo, se revelam desastrosas, gerando um ambiente conflituoso e fértil á intriga, no qual se movimentam na perfeição, como não será difícil de prever, os resultados para as empresas são altamente ruinosos.
Como se isto por si só já não fosse suficiente, são em geral muito bem acessorados, por três tipos de personagens femeninos:
A balofa - personagem normalmente de face rosada, com olhos de lince, ouvido tísico, lingua venenosa, venera o seu idolo, igualmente eximia na manipulação, tenta sondar tudo e todos, no sentido de levar ao digníssimo toda a informação que consegue, informação essa que é por si tratada préviamente, de forma a chegar ao seu destinatário o mais envenenada possível, para que o efeito da mesma seja letal para os visados, não olha a meios para alcançar os seus objectivos.
A bacalhau seco - personagem como se pode depreender, quase esquelética, com os olhos quase a saltarem do lugar, ouvido igualmente tísico e veneno na lingua também não lhe falta, venera igualmente o seu idolo, não é tão inteligente como a primeira, presta-se a executar escrupulosamente ao mais infimo pormenor, toda e qualquer instrução que lhe seja dada, adora fazer a vida negra a quem não concordar com os seus disparates, afinal de contas todos têm de perceber que ela é a preferida e porta voz do mestre.
A disponível - personagem invariavelmente dotada, de excelentes atributos físicos, a mensagem que transmite ao idolo, é que unica razão da sua existência é ele mesmo, regra geral não prejudica os restantes colaboradores, a não ser que sinta ameaçada a sua posição previligiada, limita-se a trasmitir o que lhe é pedido sem grandes ondas, gosta de ser bajulada por todos quantos a rodeiam, vive feliz com os mimos da mais variada ordem do seu mestre, aguarda serenamente que os dias cheguem ao fim.
Nota: Qualquer semelhança com a realidade, é pura coincidência.
Um bem haja a todos os empresários com discernimento, bem como às suas colaboradoras e colaboradores, cuja preocupação é o serem profissionais dignos e empenhados, no desenvolvimento e solidificação das empresas que servem.
O nosso muito obrigado.

1 comentário:

Luís Monteiro disse...

A chuva miúda vem cheia de boas intenções, mas o blog sobre tabaco nunca se deixará contaminar.
O seu desprendimento de todos os lobbies (excepto o do tabaco!) permite-lhe publicar aquilo que bem lhe apetece.
Já houveram queixas, mas a tasca contínua a servir os seus clientes...
Abraço