07 janeiro, 2006

O Burro Sugere: Salas de Vício Assistidas

O meu companheiro, ao ouvir a notícia de um projecto de lei, apresentado pelo BE na Assembleia da República, para a implementação de Salas de Xuto Assistidas, nas prisões em Portugal, ficou entusiasmado, surgiram-lhe de imediado pelo menos duas ideias, para apoio ao vício, que passa a sugerir:
Salas de Alcoolismo Assistidas - Locais onde onde o viciados em álcool, pudessem trocar garrafas vazias, por garrafas cheias, copos sujos por copos lavados, estes nobres espaços, deveriam ser dotados de prestáveis colaboradores, que lhes enchiam o copo e seguravam a garrafa, quando o seu estado já não lhes permitisse, efectuar pelos seus próprios meios estas necessidades básicas.
Os utentes teriam o direito, de serem carinhosamente amparados, na ida ao local devidamente apropriado para vomitar, local esse que deveria estar sempre bem limpo e arejado, que lhes fosse proporcionada uma cama limpa e confortável, onde pudessem descansar de tão árdua tarefa, quando acordassem, devia haver pessoal especializado para lhes dar um banho retemperador, sendo servido de seguida um café, para se recomporem, afim de poderem reiniciar o processo, evitando assim o período doloroso da ressaca.
Salas de Fumo Assistidas - Locais onde os viciados em tabaco e erva, pudessem trocar maços de tabaco e isqueiros vazios, por outros completamente cheios, bem como receber pequenas doses de produtos ervanários, estes espaços deveriam ser dotados de mesas e cadeiras com elevado requinte e conforto, bem como cinzeiros, que seriam substituídos por zelosos colaboradores sempre que se justificasse.
Nestes locais dotados de sistemas de renovação do ar, de elevada qualidade, seria servido café e água à discrição, seriam facultados jornais e revistas de todo o género, bem como era imperdoável a inexistência de boa música ambiente.
Com a lei anti tabagismo que está para ser aprovada, estes espaços tornam-se da mais vital importância.
Nota: A venda de tabaco, só não é considerada tráfico de droga, porque o produto em questão é colocado no mercado, pelo Estado.
O nosso muito obrigado.

2 comentários:

Luís Monteiro disse...

E já agora, porque não, um Ministério para a corrupção?!
Com “Fátinhas”, “Majores” e afins no comando, a prestarem os seus preciosos serviços aos principiantes.
Visto esta ser a prática mais comum em Portugal, parece-me justo - e adequado - haver um Ministério com competências relativas a serviços, organismos e
entidades ligadas à corrupção. Não pretendo com isto dizer que o ministério serviria para acabar definitivamente com tal nobre prática. Antes pelo contrário.
Para mim, seria óptimo. Concorria logo para um emprego. Mais tarde, poderia dizer orgulhosamente, a quem me quisesse ouvir, que trabalhava no gabinete de comunicação e imagem do Ministério da Corrupção. Iria lidar diariamente com gestores de topo, empresários, patrões, etc…
Claro que depois teríamos também de ter um Ministério para o civismo. Nos mesmos moldes do seu antecessor da corrupção, serviria para coibir actos de civismo vindos de qualquer português mais culto e/ou educado.
Enquanto escrevo estas sábias palavras, vou-me mentalizando que seria impossível levar a cabo tais projectos. Não haveria espaço para tantos ministérios, porque também não nos poderíamos esquecer do Ministério para o lixo no chão, sempre atento e pronto a penalizar os mais asseados.
O Ministério da Demagogia, o Ministério da…
Perdoe-me! É sábado, e não tenho mais nada para fazer.

antónio paiva disse...

Meu caro Luis Monteiro, apareça sempre, obrigado pelas assiduas visitas e divulgação...

[ ]

Volte Sempre