04 janeiro, 2006

Desafios do Burro para 2006


Após breve pausa, para que saísse o velho e entrasse o novo, "Ano", está claro, e mais algum tempo para a preguiça intelectual.
O meu companheiro e eu, efectuámos uma reunião para decidir; ele sobre o assunto que queria abordar, eu sobre o que acedia a passar a escrito, ele bem que zurrou a bom zurrar, em alguns momentos mais acalorados, mas por fim como de custume, lá chegámos a um consenso.
Assim sendo, para 2006, era bom que houvesse vontade de abordar este novo ano, não apenas como mais um ano que está a começar, mas sim e de uma vez por todas, agarrá-lo como uma oportunidade única, para tomarmos consciência que a culpa do estado de sítio a que chegamos, não é sempre do outro, sim, porque o profissionalismo com que nos empenhamos, na arte de sacudir a água do capote, tem muito que se lhe diga, se tem.
Quando o individuo em particular e um povo em geral, está à espera, que seja um governo ou um Presidente da República, a encontar a solução milagrosa, para o estado a que chegámos, podem não concordar, mas não vamos a lado nenhum, mas é que não vamos mesmo lado nenhum.
Podemos sempre argumentar, que chegámos aqui, devido a más políticas dos sucessivos governantes, mas não podemos esquecer que muitas delas foram adoptadas, por pressões e interesses de cada um em particular e de todos em geral, óbviamente que a cada um em cada momento, umas agradaram mais do que outras dependendo da cor ou da facção a que pertencemos, mas o que é facto elas vindas de um lado ou de outro, na sua grande maioria revelaram-se bastante nocivas e o resultado está á vista.
Todos sabemos que a pressão funciona, o ruído na rua e na comunicação social, faz mossa, que os políticos regra geral, não resistem a comprar a paz social, ainda que podre, muitas vezes a preço que não é possível pagar, mas como estamos apegados à velha teoria, que o pau enquanto vai e vem, folgam as costas, lá fomos andando cantando e rindo, esbanjando, é claro que como em tudo na vida uns comem mais que outros, mas como pensamos sempre, que é desta que somos nós a comer mais, não paramos de tentar.
O pior é que desta vez, o pau veio e teima em não ir, será que já tomámos consciência disso? Não parece, continuamos á espera que D. Sebastião volte, queremos acreditar que ele não se perdeu, no intenso nevoeiro em que estamos mergulhados, mas sim que demora a chegar, e com um pouco de sorte, ele vai regressar com um enorme carregamento de ouro e pedras preciosas, livrando-nos de fazer o que temos a fazer, e que tal se esperássemos sentados?
Claro que não, levantemo-nos enquanto é tempo, um país, não é de uma classe profissional ou social, não é de uma ou várias associações sindicais, não é de um partido político seja ele qual for.
Um país é feito de massa humana e dos recursos naturais que a rodeiam, aprender a tirar partido deles, é urgente, será que ainda não reparámos que outros já o estão a fazer no nosso lugar, enquanto nós continuamos a lamentar-nos, que somos um país pobre e pequeno, e com falta de qualificação, pois é bom que nos lembremos, foi esta gente deste país pobre e pequeno, que descobriu mundo, agora aguardamos sempre que tudo aconteça.
Abandonemos a postura de subsídio dependentes, arregacemos as mangas, vamos de novo á descoberta, das nossas capacidades, das potêncialidades deste país à beira mar plantado, tomemos consciência da realidade, partamos à conquista dos nossos objectivos e quem sabe ainda somos capazes de nos surpreender.
Um excelente 2006, cheio de desafios e vontade de alcançar objectivos.
O nosso muito obrigado.

1 comentário:

Luís Monteiro disse...

Segundo as mais recentes sondagens, a grande maioria do povo português acredita que o barco que traz de volta D. Sebastião já atracou em bom porto. Tão nobre criatura não estava retida em África, conforme se suspeitava, mas sim lá para os lados do Município de Loulé, mais precisamente, em Boliqueime.
Correm as notícias a dizer que falta apenas chegar o dia 22 de Janeiro para que ele possa finalmente governar…

P.S. No entanto, há também quem diga que ele tem governado Portugal na clandestinidade nestes últimos 10 anos.