mais poesia
esperar dói
em azul mais azul que azul
em branco mais que branco
preso a um fio de bruma
esperar dói
na agonia pendular
que o vento torna mais nua
esperar dói
mãos feitas de bruma
dedos mágicos
tocam-se no colar das bocas
esperar dói
soltem-se os lábios dos rostos
para se beijarem em liberdade
antónio paiva
14 comentários:
Esperar doi sim ... e quando nao temos nada ou ninguem para esperar ?... doi mais ainda
Beijo grd*
Ohhh se dói!
Mas quando chega... tudo se esquece!
O sorriso inunda-nos.
Eu vou sempre esperar... para ler aquilo que escreves e deliciar-me com o que leio. Quanto ao que li hoje, ocorre-me a palavra LINDO.
Beijo e boa semana.
Um beijo ... e bom dia.
Que a espera não seja longa... para a dor passar...!!!
É bem verdade, mas...
Podemos sempre lembrar-nos da contradição nos ditos populares sobre o assunto:
"quem espera, desespera";
"quem espera, sempre alcança".
Apoiados assim no saber "de experiencias feito" , diremos:
Doi, claro que doi...mas está ali algo porque esperar, não?
Apoiado agora na sensibilidade e não em qualquer saber, mais uma vez te cumprimento pelo que nos dás a ler!
Esperar pode doer. Mas se há esperança, a dor não é nem aguda nem crónica!
Sem esperança é que a dor se rebaptiza de agonia.
Beijo e bom dia, Amigo.
:)
Mas sempre que conseguimos esperar com tranquilidade, há um sabor especial quando alcançamos o desejado, não?
Cumpts
Esperar...mas quando o branco era a espuma do mar, do mar salgado, "quanta da tua espuma não são das lágrimas de Portugal".
eu que o diga...
Beijo!
Ó chuvamiuda, primeiro as minhas desculpas por vir comentar uma situação que nada tem com este lindo poema de (antónio paiva) que por acaso também usa o nome com letra pequena, como eu, mas para lhe dizer que a chuvamiuda é muito cordial e não gosta de sensibilizar as pessoas, parabéns.
Mas que as religiões tem o seu lado mau, já não estou de acordo com a minha amiga. É que a minha perspectiva acerca das religiões, apesar de escrever muito sobre elas, é que elas são, desgraçadamente, alianatórias, odientas e miseráveis para os povos, mas há mais, só que agora não lhe vou roubar mais espaço e ler o que me interessa: o poema de antónio paiva.
Ainda voltando atrás, será que eu não leio o que escrevo? Claro que leio. São tantas as contradições e mentiras no que eles, os reliogiosos, escreveram, no seu tempo, que dá muito bem para ver que nas religiões, pelo menos nas que estou a trancrever, e são 29, não há nada que possa dignificar o homem, bem ao contrário.
Um abraço e apareça no Só Verdades, ou na Voz do Povo, pois adoro os seus comentários.
Como as vistas nos enganam, não é chuvamiuda?
Estava a ver um adorador de religiões e aparece-lhe totalmente o contrário.
Quem gosta de escrever, escreve de tudo, basta gostar. Aliás, é uma forma de aprender. Mas a verdade é que há quem goste daquilo.
Até sempre.
Já esperei tanta coisa na vida e ...
ainda continuo à espera.
Mas há coisas que não devemos esperar sentados, porque assim nunca chegam, mesmo.
jitos
Ana Paula
Dói sim.....muito.
Como diria a minha avó "saber esperar é uma grande virtude".
Normalmente grandes virtudes trazem dor à mistura.
Mas....o esperar pelos teus poemas não é doloroso.
Gostei MUITO.
António
Mas...vale a pena esperar!
~*Um beijo*~
Olá!
Bonito poema!
Esperar dói, especialmente pelo incerto, pelo desconhecido, ou por algo que não estamos certos se virá...mas esperar também pode ser emocionante, uma antecipar da hora que se crê de felicidade...
Esperar para ter tempo para te ler também dói, por saber que há certamente algo intenso e interessante a ler, mas é também uma alegria anunciada.
Obrigada pelo resultado da minha espera.
Um bj!
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